Em 10 de junho de 2013 14:09, Alex Lara Martins escreveu:
Opa, e ai Felipe blz?
Achei seus comentários pertinentes. Concordo que o que foi planejado,
pelo menos o que a diretoria havia dito ano passado sobre utilizar os reservas
no Mineiro, não foi cumprido. Mas acho que havia sim a intenção de cumprir. Há
dois pontos pouco comentados: primeiro houve um erro inicial de avaliação do
Kalil e do Cuca sobre o elenco. Dizia-se (inclusive a maior parte da imprensa)
no inicio do ano que o time tinha elenco forte com bons reservas e boas opções
da base. Não acho que Leleu, Morais, Araújo, Serginho, Carlos Cesar, Nikão,
Felipe Souto e outros que comeram, comeriam ou comerão banco eternamente
compunham um elenco suficientemente forte. Diante desse erro inicial de
avaliação, o Kalil e o Cuca foram forçados a rever o planejamento. E aqui a
gente tem que elogiar, porque a reavaliação foi muito bem sucedida. Ganhamos o
Mineiro e estamos na semi da Libertadores jogando com o time titular. Ficou
claro na reavaliação do elenco que não adiantaria testar, como você propunha,
aquelas peças de reposição. Os reservas não corresponderam nas poucas chances
que tinham. Acho que mesmo nos treinamentos eles não devem ter correspondido.
Em segundo lugar, como efeito colateral interno de não ter boas peças de
reposição, é que jogadores reservas que teriam em tese potencial para
substituir eventualmente os titulares, como o Alecsandro, o Junior Cesar (pra
mim ele deveria ser titular no lugar do Rick) e mesmo o Guilherme, o Berola e o
Gilberto Silva, podem se sentir desmotivados (como o Berola) e, no
limite, desestabilizar o elenco (como o "empresario" do Guilherme
tentou fazer alguns dias atras para forçar uma saída). Por outro lado, como efeito
colateral externo da reavaliação do elenco é que fica mais difícil a
contratação de jogadores do mesmo nível ou superiores ao do time titular.
Pensemos num ótimo jogador, por exemplo, o Seedorf. Ele seria uma ótima
contratação, mas não sei se ele aceitaria vir pro Galo agora, já que ele sabe
que iria ter que disputar posição.
Acredito que esses dois efeitos colaterais de se ter um time titular
muito bom e reservas meia boca podem ser remediados. Ambos com uma boa dose de
retórica. Internamente, o Cuca e a comissão devem manter motivados os poucos
bons reservas que temos, quais sejam: Josué, Luan, Junior Cesar e
Alecsandro (esse + ou -). Externamente, cabe ao Kalil contratar e convencer
bons jogadores a disputar posição. E ele conseguiu isso apenas com o
Josué, que é reserva atualmente porém melhor que o Donizeti.
Eu concordo totalmente com você quando diz que é preciso ter mais
variações táticas. Não basta fazer dos reservas um espelho sujo dos titulares.
Colocar o Alecsandro pra fazer a função do Jô, o Guilherme a do Ronaldinho, o
Luan a do Bernard. Apesar disso, a gente tem de reconhecer que o Cuca às vezes
faz sim pelo menos uma variação tática com esses bons reservas, quando coloca o
Josué no lugar de um atacante. Acho essa formação interessante e poderia ser
muito mais treinada para quando o time precisasse de mais velocidade no
contra-ataque. Além disso, o Rick fica mais solto para atacar.
Resumindo, os pontos são: precisamos e podemos ter mais variações com o
elenco atual? Sim. Temos bons reservas para ter boas e muitas variações? Não.
não temos uma quantidade suficiente de bons jogadores para ter muitas
variações.
Solução: contratar bons jogadores que não tenham características
semelhantes ao do time titular. Exemplos: um lateral direito que marque melhor,
como o Maicon. Um volante com mais velocidade, como o Arouca. Um meia atacante
que volte na marcação, como o Oscar ou o Jadson.
É isso. Fica pendente a discussão relação à "sorte" e ao
bordão "caiu no Horto".
Abç.
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