Em 9 de junho de 2013 22:50, Felipe Carvalho escreveu:
Galo google, dois textos interessantes, e justamente coisas que andava
pensando ultimamente… primeiro, o lance do 'planejamento'. Lembro depois do
término da temporada passada, o Kalil falando que 'reforço era manter a base do
time', e tal, e que o galo ia só contratar algumas peças de reposição e subir
alguns garotos da base. A idéia era usar o time titular na Libertadores, por
exemplo, e botar essas peças no campeonato mineiro e em alguns jogos no início
do brasileiro. Em si a estratégia faz sentido, exceto que não foi isso o
que aconteceu. Durante todo o mineiro e a libertadores o time titular entrou em
campo, causando até lesões no Tardelli e Bernard. De repente, na penultima
rodada do mineiro o Cuca lembra da estratégia e bota o time reserva inteiro em
campo, sem nenhum entrosamento e ritmo de jogo, e claro, não jogamos nada e
perdemos o jogo (contra a Caldense, se não me engano).
E agora já é tarde demais pra isso. Jogadores como Leleu, que até
acredito ter potencial, entram no olho do furacão com o time perdendo, mais uma
vez sem nenhum entrosamento nem ritmo de jogo, e ainda com o nervosismo de
terem subido da base agora, é claro que não vai dar certo… e assim vamos com o
time titular em todos os jogos, quase botando em risco a classificação da
libertadores (galo já estava cansado no Independência contra o Tijuana), e
fazendo essa beleza de início de campeonato que estamos vendo. Não só isso,
como a maioria dessas peças de reposição já foram mandadas embora (Araújo,
Morais…). E agora? O pior de tudo é que talvez o galo não seja campeão
brasileiro por causa disso. Porque como vimos ano passado o brasileiro se
decide por 2 ou 3 pontos, e esses pontos do início vão fazer falta lá na
frente. E logo entramos na copa do Brasil também, e como vai ser? Outra fase
ruim no brasileiro?
Claro, nenhum desses jogadores é craque, mas se o time tivesse treinado
- e testado - essas 'peças de reposição' em jogos do mineiro, por exemplo, o
Cuca talvez saberia como jogar com esses jogadores médios, e o time não seria
tão vulnerável como é quando os titulares principais não estão em campo.
E isso leva ao segundo ponto - o mesmo erro do ano passado está
acontecendo, e não vejo ninguém agindo pra mudar isso. Quer dizer, o Cuca só
sabe jogar de um jeito, com os 4 atacantes/meias fazendo aquele revezamento
maluco que deixa os adversários transtornados. Quando dá certo é lindo e dá
gosto ver o time jogar, mas isso depende essencialmente de ter esses 4
jogadores em campo. Quando algum deles não está presente parece que o Cuca não
tenta mudar em nada a forma de jogar, apenas segura na medalhinha da nossa
senhora e espera pelo melhor, e ficamos contando com "caiu no horto, tá
morto", como se isso funcionasse por si só, como mágica.
Mas não dá simplesmente pra falar "vai lá, Guilherme, faz o papel
do Ronaldinho' ou 'Alecsandro, agora você vai fazer o que o Jô faz em campo',
que obviamente não vai dar certo. Guilherme nunca terá a técnica e a visão de
jogo do Ronaldinho, e Alecsandro nunca terá a força e disposição do Jô. Mas
dada a situação, quando os titulares não estão em campo o time teria que se
adaptar a um outro jeito de jogar, utilizando melhor as características dos
reservas. Mas agora é tarde demais pra isso, que o campeonato já está rolando e
não podemos mais nos dar ao luxo de 'testar' e 'conhecer' novos jeitos de jogar
(mas pra dar um exemplo, quando o Jô não estiver jogando ao invés de contar com
o Alecsandro pra fazer esse papel - o que nunca vai dar certo - uma idéia seria
jogar sem centroavante, com Luan e Berola pelos dois lados e Tardelli
infernizando a vida da defesa adversária pelo meio e ocasionalmente caindo
pelos lados. Hoje contra o Grêmio o time melhorou quando o Berola entrou nessa
função, podia ser algo que dê certo, mas agora, sem tempo de aprimorar essa
tática, vai ser na sorte; vai ter dia que vai funcionar, vai ter dia que não).
O que vocês acham? Seria bacana se a galo google se transformasse também
em um grupo de discussão =)
abraços e até a próxima!
--
Felipe Carvalho
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